LIX
De amor escrevo, de amor trato e vivo;
De amor me nasce amar sem ser amado;
De tudo se descuida o meu cuidado;
Quanto não seja meu amor cativo;
De amor que a lugar alto voe altivo,
E funde a glória sua em ser ousado;
Que se veja melhor purificado,
No imenso esplendor de um raio esquivo.
Mas ai que tanto amor só pena alcança!
Mais constante ela, e ele mais constante,
De seu triunfo cada qual só trata.
Nada, enfim, me aproveita; que a esperança,
Se anima alguma vez a um triste amante,
Ao perto vivifica, ao longe mata.
De amor escrevo, de amor trato e vivo;
De amor me nasce amar sem ser amado;
De tudo se descuida o meu cuidado;
Quanto não seja meu amor cativo;
De amor que a lugar alto voe altivo,
E funde a glória sua em ser ousado;
Que se veja melhor purificado,
No imenso esplendor de um raio esquivo.
Mas ai que tanto amor só pena alcança!
Mais constante ela, e ele mais constante,
De seu triunfo cada qual só trata.
Nada, enfim, me aproveita; que a esperança,
Se anima alguma vez a um triste amante,
Ao perto vivifica, ao longe mata.
2 comentários:
Grato pelo carinho e por tão belo presente; o imperador da
Língua Portuguesa, Camões!
Abraços poema,
jhs
Andrea,
Amo os poetas portugueses!
Adorei o soneto que vc selecionou, fiquei encantada.
Bjs
Marilac
Postar um comentário